quarta-feira, 26 de março de 2008

"A Realidade Dos Meus Sonhos"


Sem nada o fazer prever dou por mim a relembrar velhos costumes, sonhos e paixões, memórias que fazem parte da minha vida e que ajudaram na construção de uma personalidade muito própria, onde a introspecção e a forma algo reservada como encaro a vida, fazem dela os traços mais fortes e vincados. Uma personalidade apelidada por uns de difícil e por outros tantos, de dada a facilidades.

Ao recuar na minha máquina do tempo, tenho cada vez mais a sensação que nada neste mundo se passa ao acaso, que todas as minhas vivências tiveram e têm uma razão de o ser, que as coisas vão e vêm como se de um ciclo hidrológico se tratasse e mais importante que tudo isso, que todas elas me fazem crescer como “ser humano” que se tornou parte integrante da selecção natural, que a vida nos impôs.
Já Fernando Pessoa citava que: "O homem é do tamanho do seu sonho ", mas pelo o que a vida já me ensinou, não posso concordar de maneira nenhuma com tais palavras, pois para mim, o homem é do tamanho do que o deixam sonhar, sim meus caros... Do que o deixam sonhar! Todos nós gostamos de sonhar e todos nós sabemos que isso tem o seu preço, a sua cota parte de esforço, sangue, suor e lágrimas, porque se assim não o for, mais vale nem sequer tentar, mas aí eu vou ter que vos perguntar: Será que isso chega? Será que não é preciso algo mais? Na minha opinião ajuda, mas não é o suficiente, porque na verdade vamos estar sempre condicionados a factores externos vindos na nossa própria sociedade, e esse sim, é o grande problema da questão, pois este mundo não foi feito para agradar a todos, mas sim aos que melhor se conseguirem adaptar.

domingo, 23 de março de 2008

"Hate To Say I Told You So"

Possuidores de um Rock n' Roll completamente frenético, os "The Hives" vão estar pela segunda vez no nosso país. Vai ser no próximo dia 9 de Abril no Coliseu dos Recreios de Lisboa e eu espero lá estar!

sexta-feira, 21 de março de 2008

"Dia Mundial da Poesia"


Este é um dia um tanto ou quanto especial e tem várias razões para o ser, se não vejamos, é o Dia Mundial da Poesia, Dia Internacional do Teatro, Dia Mundial da Floresta e da Árvore e o Dia Internacional contra a Discriminação Racial. Mas gostaria de me referir em particular ao primeiro, porque é o verdadeiro motivo desta postagem e já agora, deixar um agradecimento muito especial a uma pessoa que me ensinou a gostar de tão notável arte de expressão predominantemente oral "Obrigado Babi".

Poesia

Se todo o ser ao vento abandonamos
E sem medo nem dó nos destruímos,
Se morremos em tudo o que sentimos
E podemos cantar, é porque estamos
Nus em sangue, embalando a própria dor
Em frente às madrugadas do amor.
Quando a manhã brilhar refloriremos
E a alma possuirá esse esplendor
Prometido nas formas que perdemos.

Aqui, deposta enfim a minha imagem,
Tudo o que é jogo e tudo o que é passagem.
No interior das coisas canto nua.

Aqui livre sou eu — eco da lua
E dos jardins, os gestos recebidos
E o tumulto dos gestos pressentidos
Aqui sou eu em tudo quanto amei.

Não pelo meu ser que só atravessei,
Não pelo meu rumor que só perdi,
Não pelos incertos atos que vivi,

Mas por tudo de quanto ressoei
E em cujo amor de amor me eternizei.

(Sophia de Mello Breyner Andresen)

segunda-feira, 10 de março de 2008

"Às Vezes o Amor"



Que hei-de eu fazer
Eu tão nova e desamparada
Quando o amor
Me entra de repente
P´la porta da frente
E fica a porta escancarada

Vou-te dizer
A luz começou em frestas
Se fores a ver
Enquanto assim durares
Se fores amada e amares
Dirás sempre palavras destas

P´ra te ter
P´ra que de mim não te zangues
Eu vou-te dar
A pele, o meu cetim
Coração carmesim
As carnes e com elas sangues

Às vezes o amor
No calendário, noutro mês, é dor,
é cego e surdo e mudo

E o dia tão diário disso tudo

E se um dia a razão
Fria e negra do destino
Deitar mão
À porta, à luz aberta
Que te deixe liberta
E do pássaro se ouça o trino

Por te querer
Vou abrir em mim dois espaços
P´ra te dar
Enredo ao folhetim
A flor ao teu jardim
As pernas e com elas braços

Às vezes o amor
No calendário, noutro mês, é dor,
É cego e surdo e mudo

E o dia tão diário disso tudo

Mas se tudo tem fim
Porquê dar a um amor guarida
Mesmo assim
Dá princípio ao começo
Se morreres só te peço
Da morte volta sempre em vida

Às vezes o amor
No calendário, noutro mês é dor,
É cego e surdo e mudo

E o dia tão diário disso tudo
Da morte volta sempre em vida

(Sérgio Godinho)

sábado, 8 de março de 2008

"Dia Internacional da Mulher"


Hoje, dia 8 de Março, não poderia deixar de fazer uma referência a todas as mulheres, pois vocês são sem sombra de dúvida uma fonte necessária à vida e sem a vossa presença, a existência do homem não faria qualquer sentido!

"Mulher! Todos os grandes senhores te reverenciam no dia de hoje, pois eles nasceram do teu ventre. Mulher! Além de todos os poderes cósmicos, levas dentro de ti a semente sagrada que provê a vida. Tu és o mais belo pensamento de Deus. Teu coração é manancial de sabedoria. De teu íntimo brota a força amorosa que nutre, regenera e ressuscita.

Homem! Neste dia internacional da mulher, lembra-te que podes divinizar-te pela admiração da mulher.

Estás aflito? Recorre à mulher. Ela é o consolo dos aflitos.
Estás enfermo? O toque da mulher é curativo.
Queres descobrir os mistérios da Divindade? Busca compreender o coração da mulher.

Porque quem não reverencia a mulher, fecha as portas à graça e à beleza."

sábado, 1 de março de 2008

"Kiss Me, Oh Kiss Me"



So when the fight is over,
And the storm is through,
Now will you pick another?
What will you get into?

So you stand in the corner,
With those boxing gloves on you,
You’re old, scared and lonely,
Yeah we’ve all been there too… uh uh
We’ve been all there too…

Kiss me, oh kiss me,
If that can make it right.
Try me, find me,
Just throw them on me…
Those failed expectations…
Floods and afflictions you’re through.
Cause I just might, take them home with me.

And the cracks in the pavement,
Yeah we’ve all fell there before,
And bones built into skeleton,
We’ve all been through that door.

Kiss me, oh kiss me,
If that can make it right.
Try me, find me,
Just throw them on me…
Those failed expectations…
Floods and afflictions you’re through.
Cause I just might…

Kiss me, oh kiss me,
Will that make things right ?
Try me, find me,
Just throw them on me…
Those failed expectations…
Floods and afflictions you’re through.
Cause I just might…
I just might, take you home.

Kiss me, kiss me,
We’ve all been there too,
Kiss me, kiss me
We have all been there too,
Kiss me, kiss me
We’ve all been there too,
Kiss me, kiss me
So kiss me…

(David Fonseca)