"A Sagacidade dos Incompetentes"

Primeiro que tudo e antes de começar para aqui a debitar tudo o que me vem à cabeça, gostaria de vos saudar a todos, já que faz algum tempo que não pego numa caneta, quer dizer, num teclado e ganho coragem para escrever meia dúzia de palavras, embora confesse que houve algumas tentativas que me saíram completamente frustradas.
O que me leva a escrever desta vez, não é sobre o dia cinzento que se esbateu pelo horizonte paisagístico como se de uma obra de arte com traços melancólicos se tratasse, mas simplesmente uma vontade inerte de escrever, de usar e abusar da elasticidade que as palavras conseguem proporcionar, ou não fossem elas a desculpa do nosso pensamento ou o espelho de todas as nossas acções.
Escrever algo com acerto nas palavras, seja prosa, poesia ou um simples verso, não é para qualquer um, ou pelo menos escrever de um modo apaixonado e com fácil acepção, mas sim um dom só ao alcance de alguns, dos quais eu não me insiro de maneira alguma, até porque para se saber escrever, tem que se gostar de ler, saber interpretar, saber pontuar, usar as palavras na altura e de forma correctas e não apenas e só, sentir uma adulação prazenteira pelo pensamento! É por essa razão que tem que haver sagacidade ou astúcia se preferirem, da parte de quem se aventura a mandar umas palavras ao ar, para não se correr um sério risco de se ser rotulado de “incompetente”!?